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O Seminário Católico: Comunidade de Discípulos Missionários.

              O documento de Aparecida, quando se refere aos presbíteros, salienta que a primeira exigência é que o sacerdote seja autêntico discípulo de Jesus Bom Pastor. Ao mencionar a temática/desafio da renovação da paróquia, constata: só um sacerdote apaixonado pelo Senhor pode renovar uma paróquia. Assim sendo, como deverá ser conduzida a experiência de formação dos futuros pastores do Povo de Deus?

        Para consolidar o processo de formação dos presbíteros a Igreja Católica instituiu e reafirmou a necessidade dos Seminários para a formação sacerdotal. Estes cumprem uma tarefa indispensável na vida da Igreja, porque têm a responsabilidade de educar/formar os futuros presbíteros. A tarefa educativa, portanto, encontra-se no coração da vida do Seminário.

           Os desafios da cultura contemporânea exigem do processo formativo um contínuo questionar-se. O pluralismo religioso e, ao mesmo tempo, o crescimento daqueles que se declaram sem religião, apresentam-se como um grande desafio.  Dessa forma, a tarefa dos filósofos e teólogos que buscam respostas às grandes questões da vida, torna-se imprescindível. Este novo tempo exige novos métodos para a evangelização. Contudo, para renovar a ação pastoral tem-se necessidade do pensar teológico, pois a ação da Igreja não pode ser realizada sem a teologia: “uma Igreja sem teologia se empobrece e perde a visão”.

        Para realizar tal missão, prosseguindo os passos de Jesus Bom Pastor, o seminarista coloca-se a caminho. Um belo caminho! Vivendo o percurso de formação sacerdotal na docilidade do Espírito, o jovem formando permite que, progressivamente, a imagem do Mestre seja gerada nele. Sua alegria é viver na intimidade com o Senhor, por meio da meditação da Palavra, na participação da Eucaristia, na vida fraterna, no encontro com as pessoas, no estudo e na oração. Enfim, no aprender a ver todas as coisas a partir de Cristo.

           Eis a alegria do discípulo que, vivendo na intimidade com o mestre, deseja ardentemente anunciá-lo. Contudo, para a formação do discípulo, torna-se fundamental o ser pessoa em plenitude, integrada, feliz, capaz de sentir com as pessoas as suas dores, que saiba tocar as feridas e descer na escuridão da vida para curar os corações feridos, que tenha a capacidade para amar e ser amado, que possa exercer com liberdade a paternidade espiritual e viva, de tal forma, o desapego humano e material que tenha o dom de ser dom para as pessoas.

       Assim sendo, na Escola do Divino Mestre, buscamos viver a simplicidade, exercitando o diálogo constante, a caridade ardente e a fraternidade operante. Somente um seminarista apaixonado pelo Cristo, zeloso em sua formação, que se faz discípulo a cada dia e configura-se com o Mestre, poderá ser um pastor que dá a vida pelas pessoas.

 

 

         Do Seminário, portanto, olhamos o mundo e sentimos com a Igreja, queremos ser capazes de dar razões de nossa esperança, sendo testemunhas do amor na experiência que somos todos irmãos. Resta-nos dizer: Eis-nos aqui, Senhor, envia-nos!

 

Pe. Gilvan Pereira de Brito

Reitor do Seminário Maior Santana Mestra

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